Paralisação contra a Reforma Administrativa | 29 de outubro de 2025 | Fala SINTET-UFU
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PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 29 de outubro de 2025
FALA SINTET-UFU – Paralisação contra a Reforma Administrativa
(Raissa) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Raissa Dantas, e neste Fala SINTET-UFU a gente conversa a Paralisação Nacional de 29 e 30 de outubro. Nossa convidada dessa semana é Jorgetânia Ferreira, professora de história da UFU e presidenta da Adufu. Sintonize suas lutas!
(Jorgetânia) Olá ouvintes do Fala SINTET-UFU e da Rádio Universitária. É um prazer falar com vocês nesse dia de luta, nesse dia de paralisação das atividades de técnicas e técnicos administrativos em educação aqui da UFU em todo o Brasil e da Caravana Nacional da Marcha Brasília contra essa Reforma Administrativa.
Um primeiro elemento para o debate dessa Reforma Administrativa é a gente pensar que ela vem num contexto em que o mercado busca apertar mais a classe trabalhadora, seja pelo congelamento do salário mínimo ou a ausência de um aumento real do salário mínimo, seja na perspectiva de trabalhar pela desvinculação dos reajustes dos benefícios, da limitação dos recursos para a saúde e a educação. Então vem nesse contexto, a Reforma Administrativa vem nesse bojo de apertar a classe trabalhadora naquilo que conquistamos ao longo das últimas décadas e, sobretudo, inscrito na Constituição Federal de 1988.
Então é preciso que a gente diga que há uma mentira que quer se transformar em verdade. Então há uma ideologia dominante posta nessa disputa em torno do fundo público, para onde devem ir os fundos públicos. Então da parte da classe trabalhadora o desejo de que os recursos públicos sejam utilizados para o financiamento das políticas públicas, da saúde, da educação, da assistência, pelo bem viver de toda a população brasileira e para isso é preciso ter políticas públicas e servidoras e servidores públicos valorizados, com estabilidade de emprego, com seus direitos garantidos. E da parte do andar de cima, a perspectiva é de retirada dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, a ausência de políticas públicas para que com isso haja uma vulnerabilização ainda maior dos setores populares do andar de baixo para que ficam reféns das políticas privatistas. Então esse é o cerne do debate sobre a Reforma Administrativa.
É muito importante que a gente observe, para que a gente não caia no conto do vigário, digamos assim a ideologia dominante precisa transformar o seu interesse particular como sendo o interesse da maioria da população. Então, apesar de que o objetivo desse setor é retirar os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e ameaça as políticas públicas e, por isso, precisa fragilizar o servidor e a servidora pública vão dizer que estão fazendo essa reforma para combater privilégios, mas essa história de combater privilégios, essa história de caçadores de Marajás, a gente conhece há muitas décadas e o representante máximo foi Collor de Mello, quando diz que foi eleito para caçar Marajás, mas não é para moralizar, não é para melhorar o serviço público que está sendo proposta esta Reforma Administrativa.
Esta Reforma Administrativa está sendo proposta pelos defensores dos setores dominantes da nossa da sociedade, representado pelo mercado e representado por esse Congresso inimigo do povo que quer aprovar uma Reforma Administrativa que diminui os direitos dos servidores e das servidoras, fragiliza o serviço público, fragiliza o concurso público, fragiliza a estabilidade do emprego. Tudo isso tornando o serviço público mais frágil, abrindo espaço para o mercado. Por isso é tão importante as nossas lutas e parabéns ao SINTET pelo trabalho que vem sendo desenvolvido. Um abraço e até a próxima.
(Raissa) Muito obrigada pela participação, Jorgetânia. E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Ótimo dia a todas e todos e até o próximo programa!




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