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[Greve de 48] Debate sobre a reforma administrativa do Estado: PCCTAE em perigo

Por Lorena Martins

Durante a parte da manhã do primeiro dia da greve de 48h, técnicos-administrativos caminharam pelos setores do campus Umuarama, a fim de conversar sobre a paralisação com os trabalhadores. Já na parte da tarde, dezenas de servidoras e servidores se reuniram no anfiteatro do bloco 2A para realizarem um debate sobre a reforma administrativa do Estado.

A coordenadora Elizete Mendes Rosa conduziu a mesa, que contou também com a participação do servidor Robson Luiz Carneiro e do assessor técnico do SINTET-UFU, Carlos Monteiro.

Após apresentar o tema da atividade, Robson fez breve introdução do assunto, relembrando o golpe de 2016 que destituiu a então presidente eleita, Dilma Rousseff, e explicando os desdobramentos que nos fizeram chegar à atual conjuntura, num contexto de constantes ataques à educação e aos trabalhadores. O servidor aborda os desafios que a categoria deve continuar enfrentando pelos próximos meses e fala o quanto é necessário construir uma resistência eficaz, para ele “esse momento da conjuntura é o que vai separar os homens das crianças, temos que decidir qual papel desempenharemos”, enfatiza. Robson também fala sobre a importância do SINTET-UFU nesse cenário de luta, reforçando o quanto a participação de todas e todos é essencial para que o sindicato possa estar presente em cada setor da universidade.

Carlos Monteiro acredita que os ataques do atual governo à educação tem ligação direta com o fascismo, segundo o assessor do sindicato, a busca por desqualificar o debate proporcionado pelas universidades, invalidando o seu valor qualitativo configura uma forma de impedir que as pessoas desenvolvam pensamento crítico. Nesse contexto, os técnicos-administrativos em educação também são alvo,  a extinção do plano de cargos e carreiras,  por exemplo, é um ataque direto do governo à categoria. Monteiro também destaca a relevância do trabalho dos servidores UFU na universidade, orientando, inclusive, que a autonomia universitária seja pauta na luta.

Após as falas dos integrantes da mesa, iniciou-se o debate. Os presentes fizeram análises sobre a atual conjuntura, ressaltando a necessidade dos técnicos-administrativos se unirem, pois a força da luta depende da adesão da categoria ao movimento. De acordo com Lorrayne da Silva Brito, servidora e coordenadora da atual gestão do SINTET-UFU, “a voz do sindicato sozinha não tem peso, a participação dos técnicos-administrativos é fundamental na luta”.

Para Sebastião Elias, enfermeiro no Hospital de Clínicas, o momento é de “resistir, sendo uma categoria unificada e forte para construir medidas efetivas para enfraquecer o governo, além de esclarecer a população”.

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