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FALA SINTET | 17 de agosto de 2022

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 17 de agosto de 2022

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros ouvintes da Universitária FM, eu sou Lorena Martins e está no ar o FALA SINTET-UFU. Oficialmente foi dada a largada ao período eleitoral brasileiro. Desde o dia 16 de agosto é permitida a realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou propagandas de campanha na internet. Agora, uma prática que não é permitida, mas infelizmente segue amplamente utilizada é a disseminação de notícias falsas. Grupos, pessoas, candidaturas e até gabinetes paralelos, como o “gabinete do ódio” da familícia, são utilizados para propagar dúvidas, desinformação ou boatos.

No programa de hoje convidamos o professor Ricardo Takayuki, que é mestre em Ciências Sociais e atualmente graduando em Sistemas de Informação, para dar dicas de como não ser um tiozão do zap e aprender a verificar corretamente as informações que vão chegar até você durante toda a eleição. Seja bem-vindo, Ricardo.

(Convidado) Pra mim é um grande prazer poder falar sobre um tema tão importante e necessário dada a conjuntura atual, que observamos uma escalada de ataques aos valores e instituições da já nossa frágil democracia institucional. Em primeiro lugar, gostaria de partir do conceito da fake news. É um termo estrangeiro, vem do inglês e que se popularizou entre nós. Muitos compreendem apenas pelo seu sentido da tradução literal como notícias falsas. Mas é importante salientar que a fake news se estende para uma ação deliberada. Ou seja, intencional de difundir desinformação com o objetivo de manipular as pessoas para se obter algum ganho político e econômico. Portanto se tratando de processos como por exemplo plebiscitos, referendos e que se tomam decisões relevantes para o conjunto da sociedade, as fake news podem causar uma interferência e distorção levando as pessoas a não conhecerem e compreenderem os fatos reais e por consequência, uma participação desigual no processo decisório político. Com advento da internet, das mídias digitais, muitos indivíduos e grupos podem enviar mensagens em massa, inclusive de modo enviesado e fraudulento como ocorrem com as fake news. Em relação a reportagens que, por ventura, você possa receber por WhatsApp ou qualquer outra rede social. É desconfiar de manchetes que geralmente trazem um tom sensacionalista ou muito espetacular. Inclusive muitas delas escrito em caixa alta para chamar a sua atenção. Outra questão muito importante é você ler toda a reportagem antes de compartilhar. E ao mesmo tempo fazer uma verificação, observar a data, a localização, certificar de que aquela reportagem ou notícia ela não é uma piada ou como dizem, né? Eh não se trata de um meme, verificar também quem é o autor que escreve fazer uma pequena, digamos assim, consulta nos buscadores pra conhecer a autoria e o autor da reportagem da notícia e também ter cuidado com foto montagem. Para isso existem já ferramentas que você pode pesquisar que fazem a verificação sobre a origem da imagem, a data a procedência da autoria, enfim. Informações que são cruciais para identificar se elas estão associadas ou não a um fato real. Uma outra questão fundamental é fazer uma verificação da reportagem se ela se confirma em outras fontes. Outras fontes inclusive que tem alguma relevância no que diz respeito a notícias jornalísticas. Se você já estiver dentro de um site, vale a pena você dar uma conferida naquela sessão que geralmente vem com o título sobre nós. Nela você vai encontrar informações também relevantes sobre quem são proprietários ou quem são os autores, né? Daquele site, né? As contribuições, a origem e também vale a pena dar uma olhadinha na política de privacidades ou se é o site né? Se tem alguma política de privacidade e também verificar se o site ele possui uma certificação de segurança que geralmente o navegador traz ali no cantinho do endereço, uma indicação sobre isso. Outra sugestão que eu gostaria de dar é que você siga agências de checagem de notícias. Existem tanto iniciativas no âmbito acadêmico, como também já uns veículos de imprensa. Hoje essas agências de checagem cumprem um papel fundamental sem comprovar informações que sejam aquelas veiculadas nas redes sociais ou até mesmo a verificação da veracidade de alguma fala em que algum político por ventura possa fazer em algum espaço midiático. Finalmente eu gostaria de frisar naquilo que é o mais importante: é pensar antes de compartilhar. Espero que essas dicas possam contribuir de alguma forma. E aqui já me despeço e finalizo a minha fala agradecendo.

(Raissa) E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!


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