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UFU alerta para crise orçamentária e risco de colapso financeiro em coletiva de imprensa


Por Raissa Dantas


Nesta sexta-feira (28), a Reitoria da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) realizou uma coletiva de imprensa para expor a grave situação financeira e orçamentária da instituição. O evento teve como objetivo garantir transparência à comunidade acadêmica e às cidades onde a UFU está presente, além de convocar apoio institucional e popular para enfrentar o cenário crítico.  


O reitor Prof. Dr. Carlos Henrique de Carvalho foi enfático ao descrever a realidade orçamentária da universidade: "O cenário da UFU é dramático, acrescentaria: muito, muito grave." Segundo ele, a UFU opera atualmente com um orçamento de R$ 137 milhões para 2025. O reitor frisou que, em 2016, o orçamento anual da UFU era de R$ 158 milhões, valor este que, se corrigido apenas pelo IPCA destes anos, deveria ser R$ 236 milhões.  


Além da insuficiência de recursos, a universidade carrega uma dívida acumulada de R$ 27 milhões. Segundo a Reitoria, essa situação se agravará ao longo do ano, com previsão de que 2025 se encerre com um déficit de R$ 50 milhões.  


Terceirizados e impacto social  

Um dos pontos críticos abordados foi a necessidade de redução entre 25% e 30% nos contratos de terceirização de serviços essenciais à universidade. A decisão, já prevista na gestão anterior, afeta diretamente trabalhadores cujos cargos foram extintos ao longo dos anos. O reitor destacou o impacto social dessa medida, que atingirá inúmeras famílias que dependem desses empregos.  


O pró-reitor de Planejamento e Administração (PROPLAD), Vinicius Fávaro, detalhou a situação da terceirização, informando que atualmente a UFU consegue quitar apenas 20% dos valores devidos mensalmente às empresas contratadas. Além disso, a dívida de R$ 150 mil com a CEMIG foi renegociada em 12 parcelas a partir de maio.  


Mudança na transferência de recursos agrava crise  

Outro fator alarmante apontado pela Reitoria foi a mudança na forma como o governo federal repassará os recursos às universidades. Tradicionalmente, o orçamento anual era liberado em 1/12 avos por mês. Agora, a liberação será feita em 1/18 avos, reduzindo drasticamente a liquidez das instituições de ensino.  


O impacto dessa mudança será imediato: a partir de julho de 2025, todos os gastos da universidade já estarão no vermelho, transformando-se automaticamente em dívida.  


Bolsas estudantis serão mantidas  

Em meio ao cenário de cortes e restrições, a Reitoria garantiu que não haverá cortes nas bolsas estudantis.  


Chamado à mobilização

Diante da gravidade da crise, o reitor Carlos Henrique fez um apelo para que representantes eleitos busquem soluções concretas para garantir a sustentabilidade da UFU. Ele enfatizou a necessidade de revisão do teto de gastos e de um financiamento adequado para as universidades federais.  


A coletiva reforçou o compromisso da gestão com a transparência e mobilização, ressaltando que, sem uma resposta urgente das autoridades, a UFU enfrentará um colapso financeiro nos próximos meses.  


A Coordenação do SINTET-UFU participou da coletiva, levando os interesses da categoria, sobre esse alarmante momento de desmonte que a universidade vem passando sem orçamento para custear todas as despesas básicas até o final do ano.  


Lázaro Manoel, coordenador de finanças e administração do SINTET, questionou sobre o redimensionamento dos TAEs, com a demissão dos terceirizados. A administração superior, por meio do Pró- Reitor de Gestão de Pessoas, esclareceu que está sendo feito um estudo técnico completo, em todos os setores da Universidade, para resolver tanto o problema histórico de desigualdade no dimensionamento dos técnicos, quanto às demissões dos terceirizados. 


A Coordenação do SINTET UFU, Gestão Fortalecendo a Luta, chama todos os Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação a lutar contra o sucateamento das Universidades, contra as demissões dos trabalhadores terceirizados. Por mais recurso para educação e que o acordo de greve assinado em 2024 seja cumprido em sua totalidade. 


Continue participando das mobilizações chamadas e convocadas pela FASUBRA  e SINTET UFU.






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Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos
em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia.
Fundado em 22 de Novembro de 1990

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