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Dia Internacional de Luta pela eliminação da discriminação racial

Na luta pelo combate a toda forma de exclusão, é preciso conhecer a história para dar corpo e forma à indignação. A discriminação racial não pode ser negada ou minimizada e, sim, eliminada.


Há 129 anos a Lei Áurea acabou com a escravidão no Brasil; porém, após quase quatro séculos de escravidão, permanecem as marcas, as cicatrizes de anos de injustiça e segregação.

A FASUBRA desde os seus primórdios está na luta pelo combate e erradicação de toda forma de preconceito. Neste sentido, é essencial o trabalho de formar cidadãs e cidadãos conscientes e dos princípios básicos de igualdade dos seres humanos. Todo ato discriminatório, de não aceitar uma pessoa ou um grupo de pessoas devido à cor da pele, do sexo, da idade, religião, trabalho, convicção política deve ser combatido.

A discriminação, em sua essência etimológica,refere-se à separação. Do latim discriminatione, usada pelos romanos para classificar e discernir as coisas, recebeu ao longo dos anos uma conotação pejorativa. Como resultado gerou discriminações reprováveis de natureza social, racial e sexual pela falta de discernimento, motivando exclusões.

A sociologia explica que a discriminação é uma atitude que prejudica as pessoas pertencentes a determinados grupos sociais e resulta de processos sociais que molestam os membros desses grupos. Na história da humanidade as questões de gênero, etnia, raça, nacionalidade e a religião são alguns dos elementos encontrados nos grupos em que se evidencia a discriminação.

Nos casos de condições e requisitos excludentes, em certas situações revela-se a discriminação indireta. Como exemplo, em uma entrevista de emprego, a discriminação pode estar explícita por meio dos requisitos à vaga.

Discriminar passou a ser um ato ilegal na maioria dos países no século XX, porém, presenciamos atualmente um acentuado retrocesso apresentado pelo conservadorismo ascendente em diversos países.

A eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, polêmico por suas propostas de mudanças na lei de imigração, construção de um muro na divisa do México, deportação de imigrantes, surpreendeu o mundo. Ainda, as lutas contra o fim da discriminação racial nos EUA se acentuaram após episódios em que inúmeros  protestos pautaram a necessidade de se colocar um fim à violência e à discriminação  nas cidades americanas, após a morte de jovens negros.

O massacre de jovens negros no Brasil, segundo o Mapa da Violência de 2016, alertou os grupos em defesa dos direitos humanos no país. O número de vítimas negras passou de 20.291 em 2003 para 29.813 em 2014, um aumento de 46,9% dos casos.

O discurso de parlamentares na Europa em discriminação às mulheres, a guerra na Síria que completou seis anos levando milhares de sírios a procurar abrigo em outros países, resultando em uma crise imigratória, são alguns dos fatos que têm acentuado as desigualdades por meio de discursos de ódio.

Todas essas situações caracterizam a realidade mundial, em que é preciso reconhecer que houve avanços, mas que ainda são muito poucos em relação ao que é necessário para que o mundo perceba todos os seres humanos como iguais.

História

O dia 21 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para lembrar a execução de 69 pessoas negras em uma manifestação pacífica contra o regime de segregação racial (Apartheid), na cidade de Sharpeville na África do Sul, no início da década de 1960. Recebidos à bala pelos policiais, os manifestantes foram mortos em frente à uma delegacia de polícia.

Neste ano, o massacre completa 57 anos e a intolerância racial permanece arraigada na humanidade, em diversos lugares do mundo. Esse é mais um dos episódios da história de opressão e crueldade contra os negros, que atualmente ainda convivem com a discriminação racial.

No Brasil, várias entidades do movimento social incorporaram a data em seus calendários de luta, dentre elas a FASUBRA, para que nunca nos esqueçamos de que toda forma de opressão precisa ser denunciada, rechaçada e eliminada cotidianamente, no nosso fazer diário, nas nossas relações pessoais, no trabalho, na escola, na família.

Você sabia?

Nos anos 1960, em plena vigência do regime de Segregação Racial nos EUA, mulheres negras que trabalhavam para a NASA foram essenciais para o êxito da corrida espacial norte-americana? Recentemente, o filme “Estrelas Além do Tempo” contou a história de algumas dessas mulheres e sua inestimável contribuição à NASA, mesmo sendo submetidas à condições diferenciadas no ambiente do trabalho, em que não podiam usar os mesmos banheiros, ou tomar o mesmo café que os brancos, dentre outras formas de exclusão.

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical

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