(Naiara) Olá, companheiras e companheiros, aqui é a Naiara Ashaia, e nesse Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre os Desafios e Conquistas dos Técnicos-Administrativos nas Universidades Federais em 2024. Sintonize suas lutas.
Neste ano, os técnicos-administrativos enfrentaram mais uma vez cortes no orçamento que impactaram diretamente o funcionamento das universidades, gerando sobrecarga de trabalho e a precarização das condições de infraestrutura.
Essas dificuldades culminaram na greve da categoria, que trouxe à tona reivindicações urgentes, como a recomposição salarial, a valorização dos planos de carreira e a garantia de condições dignas de trabalho. A paralisação foi um marco de união e mobilização, destacando a importância dos técnicos-administrativos para o funcionamento das universidades e a qualidade do ensino público no Brasil.
Para debater sobre os Desafios e Conquistas dos Técnicos-Administrativos nas Universidades Federais em 2024, recebemos Mário Guimarães Júnior, membro da Coordenação de Saúde e Hospitais Universitários da FASUBRA e membro da Coordenação de Administração e Finanças do SINTET-UFU.
(Mário) Olá, trabalhadoras e trabalhadores da Universidade Federal de Uberlândia. Quem fala com vocês é o Mário Júnior, da Coordenação Colegiada do SINTET-UFU e da Direção Nacional da FASUBRA.
Nesse Fala SINTET-UFU, gostaria de conversar com vocês sobre o nosso acordo de greve, que foi uma das grandes conquistas que nós tivemos neste difícil ano de 2024, nessa complexa conjuntura reacionária que nós vivemos. Nessa conjuntura difícil, nós conseguimos organizar uma greve que ultrapassou 100 dias e conquistamos um acordo de greve histórico, um dos principais acordos de greve já assinado pela FASUBRA. Esse acordo de greve assinado em junho de 2024 previa uma durabilidade de 180 dias para serem cumpridos diversos aspectos técnicos e políticos, como a democratização das Universidades, reposicionamento dos aposentados e aposentadas e outros debates sobre como implementar a nova tabela, a nova carreira que será instituída a partir de 2025.
Esses prazos não foram cumpridos pelo governo. Então, politicamente e tecnicamente, é possível caracterizar que o acordo de greve assinado entre a FASUBRA e o governo Lula é um acordo que foi quebrado, não foi cumprido conforme estabelecido. O governo fez contato com a Federação, propondo mais 150 dias para buscar a implementação do que está proposto pelo acordo de greve.
Na última Plenária Nacional da FASUBRA, foi deliberado conceder o prazo para que se possa concluir alguns debates que ocorrem entre a FASUBRA e o governo nas mesas junto com a comissão nacional de supervisão da carreira. Então, portanto, nós vivenciaremos os cinco primeiros meses de 2025 ainda tentando garantir a implementação do que foi acordado na greve de Junho de 2024.
Os efeitos financeiros, como, por exemplo, o reajuste salarial previsto com a reestruturação da tabela, o governo informou a FASUBRA que ocorrerá via Medida Provisória. Essa Medida Provisória será publicada ou agora no final de dezembro ou no início de janeiro. Então, até o momento, a informação que o governo repassou é que o reajuste salarial previsto para janeiro, com recebimento em fevereiro, ocorrerá conforme estabelecido pelo acordo de greve. E os demais pontos que não tem impacto financeiro que não estavam previstos agora para janeiro de 2025, o governo solicita mais 150 dias.
Então, com esse informe, eu encerro esse Fala SINTET-UFU dizendo que 2025 será um ano de mobilizações. É muito importante que a gente, enquanto categoria, se mobilize para que a gente possa garantir a efetivação do acordo de greve e para que a gente possa lutar contra os ataques que virão nessa conjuntura complexa e reacionária contra o serviço público e contra os sujeitos sociais.
Então, Feliz Natal e um Feliz Ano Novo para todas e todos e, em 2025, é na luta que a gente se encontra.
(Naiara) Com certeza, Mário! Muito obrigada.
E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!
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