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NOTA DE REPÚDIO SINTET-UFU

Paulo Guedes, o lacaio do sistema do financeiro, como todo bom serviçal das elites que dominam esse país e que possuem uma aversão pragmática às classes populares, em um discurso recente, ao final de uma palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV), classificou os servidores públicos como parasitas do Estado brasileiro.

A declaração, ignorado o sentimento de repulsa que causa, não é surpreendente ao partir de um membro representante deste governo que entende que a arte, a cultura, a educação, a ciência e a tecnologia são males que devem ser banidos da sociedade.

De um governo eleito a partir de discursos de ódio, desinformação deliberada e teorias conspiratórias e obscurantistas, sem apresentar nenhum projeto para o Brasil, assumidamente incapaz de ocupar a direção do país, não se podia esperar outro pensamento e conduta.

Não, senhor Guedes, servidor(a) público(a) não é parasita.

Parasita é o sistema financeiro, seu senhor, que vem sangrando o Estado brasileiro há anos pelo instituto da dívida pública e que se aproveita do endividamento da classe trabalhadora.

Tais agressões ignoram, por conveniência, o importante papel que as servidoras e servidores públicos exercem neste país, desqualificando todo o trabalho exercido pelo sistema judiciário que ainda serve para conter a sanha autoritária deste governo, servindo como sistema de freios e contrapesos.

Desqualifica todo o trabalho realizado pelos(as) incansáveis servidores(as) da área da saúde, que mesmo sendo obrigados a comer ovos e não ter ao menos um vestiário adequado para se trocarem ao final do expediente, que mesmo tendo que conviver com constantes faltas de equipamentos e insumos, conseguem atender a uma população carente e evitar perdas de vidas humanas.

Desqualifica o trabalho dos servidores da educação que mesmo não recebendo a valorização que merecem sacrificam horas de convivência familiar na preparação de aulas a serem ministradas em estruturas precárias e sem os recursos adequados.

Mas as declarações de Guedes não devem ser consideradas como arroubos de quem foi doutrinado por uma ideologia elitista e voltada para o domínio de uma classe minoritária. Ela faz parte de um projeto de país que desgraçadamente foi aprovado por um número significativo de brasileiros e brasileiras, que sem tempo, disposição e recursos para buscar a verdade, escolheram o atalho das justificativas fáceis para a disseminação do preconceito e perseguição às pessoas que já sofrem opressões e às que estão dispostas a lutar por seus direitos.

Guedes ataca o funcionalismo público porque este é um importante polo de resistência aos seus macabros objetivos. Estamos na trincheira de resistência ao projeto de destruição do país e entrega dos nossos recursos aos verdadeiros parasitas do Estado Brasileiro.

Nossa estabilidade, tão atacada por Guedes, é a garantia de que o Estado possa funcionar sem o assédio do patrimonialismo e clientelismo ainda presentes nas esferas de poder.

Diante do precedente perigoso à segurança de servidores e servidoras no exercício de suas funções pela disseminação e apologia ao ódio ao servidor público, o SINTET-UFU vem a público repudiar com veemência tais declarações e informar que medidas judiciais estão sendo analisadas para responsabilização criminal do declarante, entendendo que, na ocupação de um cargo público de tamanha visibilidade, as declarações do Ministro representam incitação ao crime de ódio contra um seguimento tão importante na realização das funções sociais do Estado Brasileiro.

Coordenação Colegiada do SINTET-UFU

Uberlândia, 10 de fevereiro de 2020

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