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Fala SINTET-UFU | 30 de agosto de 2023 | O coronelismo na cidade de Uberlândia

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 30 de agosto de 2023

(Lorena) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Lorena Martins e nesse Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre o coronelismo na cidade de Uberlândia.

Nesta quinta-feira, dia 31 de agosto, Uberlândia completa 135 anos. Nessa edição do FALA SINTET nós trazemos uma discussão sobre a política coronelista de Uberlândia. Entre as características do coronelismo, destaco aqui neste contexto o controle da política por parte de um grupo que acaba tendo influência direta na administração da cidade e, consequentemente, na vida de toda a população. Pra conversar com a gente sobre esse assunto, eu convido Mário Guimarães Júnior, servidor da UFU e coordenador da pasta de saúde e hospitais universitários da Fasubra.  Seja bem-vindo, Mário.

(Mário) Olá colegas da Universidade Federal de Uberlândia, aqui quem fala é o Mário Júnior da coordenação de saúde, hospitais universitários da FASUBRA e trabalhador técnico em educação. É uma honra poder participar aqui desse importante programa do nosso sindicato e que hoje nós trataremos sobre a questão do coronelismo em Uberlândia. É um tema que em minha opinião as trabalhadoras técnicas e os técnicos de educação devem se debruçar pra refletir sobre esse tema. Porque envolve a organização da nossa vida no dia a dia. Ao pensar esse tema eu me  recordo de alguns escritos do sociólogo em que ele trata da questão da modernização do arcaico, da combinação da modernização com a arcaico na sociedade brasileira. Eu penso que isso ajuda a compreender um pouco a nossa realidade de Uberlândia. O que a elite Uberlandense promove na cidade é uma combinação de aspectos da modernidade cultural, tecnológico, do desenvolvimento urbano com o riso controle da condução política municipal que é caracterizada em minha opinião por uma estranha articulação entre o poder executivo municipal com setores do poder judiciário. Se manifesta como um processo que garante a manutenção dos interesses centrais do agronegócio e do grande empresariado aqui em Uberlândia, combinado com uma contenção de qualquer proposta política que visa universalizar os direitos pra população. Não é a toa por exemplo que a gestão da saúde pública em Uberlândia historicamente é caracterizada por uma perspectiva autoritária e mercadológica né? Nós não temos uma saúde que é gerida centralmente pela lógica pública, mas sim organizações sociais, por por entidades privadas, né? Ou mesmo o transporte público em que hoje é conduzido e coordenado aqui na cidade por empresas privadas, imunes à auditorias públicas ou posso citar o fato de que a população residente em regiões mais distantes do centro da cidade tem um limitado acesso a políticos culturais ou de incentivo ao esporte. A democracia política em Uberlândia ela é blindada contra qualquer iniciativa de universalidade de redes sociais. Então a minha opinião esse é o de que o coronelismo que a gente vive no século XXI aqui em Uberlândia é um coronelismo herdado desde a origem da construção de nossa cidade, porém é uma situação que é possível e necessária ser superada com a nossa organização tanto de nós trabalhadoras e trabalhadores da UFU em conjunto com a a classe trabalhadora da cidade e isso e pra poder fazer essa superação vai ser necessário uma grande organização política, vai nos exigir muito disposição, coragem, calma e paciência. É uma é uma tarefa importante, é necessária e possível de ser conquistada. Então obrigado pelo espaço, sigamos juntas e juntos na reflexão.

(Lorena) Mário, muito obrigada pela participação. Esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

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