Crianças Palestinas neste Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão | 04 de junho de 2025 | Fala SINTET-UFU

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 04 de junho de 2025

FALA SINTET-UFU – CRIANÇAS PALESTINAS NESTE DIA INTERNACIONAL DAS CRIANÇAS VÍTIMAS DE AGRESSÃO

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Raissa Dantas, e neste Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre as Crianças Palestinas frente ao Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão, que marca este 04 de junho. Esta data foi instituída pela ONU na sua Resolução E-08/07 de 19 de agosto de 1982. Receberemos Vilmar Martins, que é historiador, mestre em artes e trabalhador técnico-administrativo em educação na UFU. Sintonize suas lutas! 

(Vilmar) Olá, ouvintes do Fala SINTET-UFU. Em 4 de junho, quando se celebra o Dia Internacional das Crianças Vítimas de Regressão, nós somos confrontados com uma realidade brutal, triste e inaceitável na faixa de Gaza. 

As notícias de bombardeios, incessantes hospitais e o cerceamento de ajuda humanitária têm transformado a vida de milhares de crianças em um pesadelo de bombas e de fome. É imperativo que, ao discutir esse dia e o contexto palestino, as pessoas se sintam à vontade para abordar a questão de forma crítica e reflexiva, sem o receio de serem taxadas como anti-semitas, como o lobby pro-Israel tem feito contra as pessoas que sim surgem contra os seus atos. A violência é inaceitável sob qualquer bandeira, penso eu. Ainda que seja de um povo que historicamente sofreu holocausto, uma dor não justifica a perpetuação de mais dor. 

Vejam, desde outubro de 2023, mais de 50 mil crianças em Gaza foram mortas ou feridas conforme dados da Unicef. Em um período de apenas dois meses entre o fim do cessar-fogo, em 18 de março e agora 28 de maio de 2025, 1309 crianças foram mortas e 3.738 foram feridas, segundo dados informados pelo site do Vaticano. 

Casos específicos, ainda como crianças queimadas e desmembradas em um ataque em Canhunes e mortas em uma escola em Gaza, ilustram a barbaridade desses ataques. Além das mortes e ferimentos diretos, é uma situação agravada por bloqueio israelense, ajuda humanitária, que contribui fortemente para a fome e ameaça de inanição em Gaza, com crianças enfrentando escassez de alimentos e destruição de infraestruturas essenciais naquele país tão vilipendiado. 

Relatos indicam ainda que civis israelenses têm bloqueado ou atacado comboios que tentam entregar suprimentos essenciais. Isso transforma a ajuda humanitária, que é um direito básico, em uma batalha adicional para aqueles que mais precisam. Se não morrem pelas bombas, pelos tiros, elas vão morrer de fome. 

Embora o Tribunal tenha ordenado que Israel aumentasse a ajuda humanitária em Gaza e impedisse atos desse tipo, a implementação dessas ordens é algo ainda distante e um desafio imenso. 

Então, nesse Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão, que não é uma data comemorativa, é uma data reflexiva, a indignação é um sentimento que deve transcender fronteiras e deve nos convocar à ação. Nós não podemos permitir que o terrorismo de Estado seja visto como um ato legítimo de disputa por território, e continua de tal destino de crianças inocentes que tem transformado as vidas dessas crianças em estatísticas de horror. 

É um apelo urgente à consciência global para que se garanta a proteção dessas crianças, a entrega irrestrita de ajuda e o fim imediato de toda a agressão. A humanidade não pode se calar diante de tal barbaridade que são crianças em um volume muito grande, perdendo a vida por fome ou por violência. Nós ainda desejamos e ansiamos pelo reconhecimento do Estado Palestino e pela convivência pacífica de dois estados na região, e para que os crimes de guerra perpetrados pelo Estado terrorista de Israel sejam julgados e os responsáveis condenados. Da maneira que devem ser. Esse é o meu desejo, esse é o que eu compartilho nesse dia e desejo a vocês um abraço, a todos e todas.

(Raissa) Muito obrigada pela participação, Vilmar. Esse é um assunto difícil, mas necessário. Não podemos nos calar diante do genocídio contra o povo Palestino, em espedial frente ao assassinato cruel de tantas crianças, vítimas inocentes desse massacre.

E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Ótimo dia a todas e todos e até o próximo programa!