MOÇÃO DE REPÚDIO
Paz sem voz não é paz, é medo.
O SINTET-UFU vem a público manifestar a sua indignação e repulsa aos ataques praticados na manhã de hoje contra trabalhadores e trabalhadoras pela Polícia Militar do estado de Minas Gerais.
É muito triste assistir, em pleno século XXI, trabalhadores batendo em trabalhadores, a mando do patrão, como acontecia no período de escravidão do Brasil.
Não conseguimos compreender, por maior que seja o esforço, como é possível que em um estado, cujo governante máximo Fernando Pimentel (PT) que tem a sua origem política misturada aos movimentos sociais, permita tamanha violência e desproporcionalidade no trato com uma luta justa, convocada nacionalmente pelas Centrais e Frente Populares brasileiras.
Estamos em um momento delicado do cenário nacional onde os trabalhadores e trabalhadoras sofrem assédios diários aos seus direitos já conquistados e, além de se deparar com um futuro sem perspectivas, ainda são reprimidos no seu direito constitucional à livre manifestação.
Não é este o estado que queremos, não é este o país que desejamos deixar para as próximas gerações.
Querem calar pela força o clamor do povo nas ruas e impedir que o poder soberano do povo sobrepuje os interesses particulares e escusos que tem enlameado nossa sociedade de vergonha.
O movimento dos trabalhadores é legítimo, é justo, a partir do momento em que a outra parte, que possuiu todas as condições pra resolver o problema, não se dispõe a resolvê-lo, não se dispõe ao diálogo.
Usar a força para romper com a democracia é decisão de quem sente saudades de um período triste de nossa história, contra o qual lutamos e vencemos, com a consciência de que não será mais permitido que volte.
O uso desproporcional da força pela tropa de choque, atirando balas de borracha e gases contra os trabalhadores, é algo que deve ser condenado e exposto em todos os espaços.
O SINTET-UFU pelo seu compromisso com a democracia, com o diálogo, com o objetivo de construir uma sociedade mais justa, onde todos tenham os seus direitos garantidos, repudia veementemente a violência imposta aos trabalhadores na data de hoje e reforça a necessidade da sociedade se unir na luta contra as reformas previdenciárias e trabalhistas que o governo ilegítimo de Michel Temer tenta impor às classes menos favorecidas e menos ouvidas deste país.
Querem calar os movimentos pela força, contra isso gritaremos mais alto.
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