Imagem: Guilherme Gonçalves
Por Guilherme Gonçalves
Na tarde de ontem (11), aconteceu à primeira atividade organizada pelo Comando de Mobilização das Técnicas e Técnicos-Administrativos em Educação da UFU. O evento realizado foi o seminário “Reforma da Previdência: impactos na carreira dos técnicos-administrativos em educação” que aconteceu no anfiteatro A do bloco 5 O, no campus Santa Mônica da UFU.
Teve como convidados Elizete Mendes Rosa, coordenadora de assuntos de aposentados; Gilberto Bode, representante da CSP-CONLUTAS; e Karla Teixeira, técnica-administrativa em educação da UFU. Eles apresentaram os perigos que a reforma da previdência, proposta pelo governo federal, trará para a classe trabalhadora, em especial para as técnicas e técnicos-administrativos em educação.
Para Karla Teixeira, a reforma da previdência ataca direitos históricos da classe trabalhadora, que lutou para conquista-los, principalmente durante a década de 1980. “A década de 80 é considerada a década perdida na Ámerica Latina, mas no Brasil, ela é uma década de ouro para a população brasileira que avançou em muitas conquistas, principalmente trabalhistas, atrvéss das grandes greves”, disse a técnica-administrativa.
Teixeira ainda aponta fatos omitidos pelo governo na justificativa para a reforma da previdência. “A desculpa para a reforma da previdência é dizer que a população está vivendo mais. No entanto, o que é omitido é a crise do sistema capitalista que busca abocanhar uma parcela da contribuição para continuar lucrando”, finalizou.
Em seguida, foi à vez de Gilberto Bode que mostrou que a classe trabalhadora ainda sofrerá com a crise do capital. “Há projeções que afirmam que com muito otimismo a economia brasileira irá crescer 0,5% em 2017, ou seja, a crise do capitalismo continuará e muitos trabalhadores e trabalhadoras continuarão desempregados”, afirmou. Ainda de acordo com o representante da CSP-CONLUTAS, os ataques vividos atualmente são reflexo do desmonte do Estado proposto pelo Governo Federal. “O governo Dilma iniciou o processo de desmonte do Estado, mas caminhou em passos lentos. Já o governo Temer acelerou esse processo de desmonte, aprovando a PEC 55, por exemplo”, finalizou.
Por último, Elizete Mendes Rosa mostrou um pouco do que mudará diretamente, caso a reforma da previdência seja aprovada. “Até 1998, mulheres aposentavam com 30 anos de contribuição e os homens 35, independente da idade que possuíam. A partir desse ano, várias reformas foram implantadas, dentre elas a idade mínima para aposentadoria”, disse.
A coordenadora do SINTET-UFU lembrou que em 2005 algumas mudanças alteraram a aposentadoria para o serviço público. “Em 2005 a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 47 aumentou o tempo mínimo de permanência no serviço público de 20 para 25 anos”, completou.
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