Nosso país enfrenta um cenário horrendo de ataques à Democracia e aos Direitos Humanos. Tal cenário, lamentavelmente, tem tomado proporções catastróficas que, em diversas ocasiões, acaba encontrando respaldo na omissão ou nas ações das instituições, através de muito/as de seu/as representantes e, lamentavelmente, vem causando mortes e acirrando sofrimentos.
A Comissão Internacional dos Direitos Humanos – CIDH, recentemente, apresentou uma relatoria ressaltando o agravamento da situação política do Brasil, sobretudo, no que diz respeito aos atos de violência política que contaram com uma elevação de 200% nas últimas eleições, o que se soma ao aumento da fome, desemprego, ataques à democracia e agravamento da vulnerabilidade das vidas mais atacadas com questões estruturais históricas, lamentavelmente acirradas com a presente crise vivenciada no país.
Passados 34 anos da promulgação da Constituição de 88, uma vez mais a sociedade brasileira é convocada a defender o mais caro valor político que já conquistamos: a Democracia.
Muitas são as ameaças recentes, praticadas por indivíduos e grupos extremistas que não conseguem conviver com o diferente e com o debate de ideias. Supostamente desconfiam das urnas (mesmo sendo eleitos sempre por elas); agridem o Poder Judiciário; põem em xeque nossas instituições e as ameaçam o tempo todo.
Agrava a situação o fato de que aqueles que juraram defender a democracia são os que estão na primeira fila entre os que a atacam, seja falando contra ela, endossando quem a agride ou se omitindo de tomar providências contra os que cometem crimes seguidos contra a ordem democrática, encobertos pelo manto da liberdade de expressão – e o deturpando.
A Democracia é o valor que nos une e que permite a convivência de opiniões divergentes; que toma a vitória e a derrota como parte da luta política. Também é o valor que exige respeito e que não aceita ameaças e não tolera quem contra ela atenta.
E é por conta de nosso compromisso com a Democracia que nós, entidades da Sociedade Civil de Uberlândia e da região do Triângulo, assinamos este manifesto, deixando claro nosso apoio incondicional às instituições democráticas e nosso repúdio vigoroso aos que contra elas atentem.
O conhecimento científico acerca da história de experiências que culminaram com ditaduras fascistas nos assegura que nenhuma delas começou com o grau máximo da barbárie, mas, antes, todas se iniciaram com afrontas a direitos políticos e civis e, a partir disso, com rupturas quanto ao regime democrático.
Por isso, as entidades que integram esta FRENTE EM DEFESA DA DEMOCRACIA entendem ser urgente a constituição de uma rede de proteção de seus militantes, independentemente dos partidos a que estejam, ou não, filiados, constituída, fundamentalmente, por profissionais e estagiários de Jornalismo e Comunicação Social, Tecnologia da Informação e Comunicação e Direito que possam, com agilidade, profissionalismo e eficiência, atuar e oferecer suporte em face de agressões físicas, denúncias, informações à população, cobrança a órgãos públicos e tratamento jurídico a perseguições e afrontas a direitos civis e políticos inalienáveis a uma sociedade democrática, sobretudo, no pleito eleitoral que se avizinha.
Neste sentido, conclamamos, além do/as referido/as profissionais e estagiários, a todos e todas que se identifiquem com nossas pautas a se somarem a nós, colocando-se à disposição para esta frente de resistência articulada aos movimentos e manifestações neofascistas que têm se sentido encorajadas a ultrapassar os limites do debate democrático e constituem, a rigor, séria ameaça a tais limites.
Acesse os links a seguir e cadastre-se para se somar à nossa luta! Resistir é o que nos resta!
Com votos de esperança,
Frente Em Defesa Da Democracia do Triângulo Mineiro 11 de agosto de 2022.
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ASSINAM A PRESENTE CARTA:
SINDICATOS
ADUFU – SS
SINDELETRO
SINDICATO DOS METALÚRGICOS
SIND-UTE
SINPRO
SINTET– UFU
SINTRAEMG
SINTRASP
PARTIDOS POLÍTICOS
PCdoB
PDT
PSOL
PSTU
PT
MANDATOS
Vereadora Amanda Gondim
Vereadora Cláudia Guerra
Vereadora Dandara
Vereador Fabão
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