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Audiências públicas discutem a reforma da Previdência e seus impactos

Por FASUBRA

O ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez, taxou os trabalhadores (as) do serviço público como “privilegiados”, durante participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira (3), e disse que o principal componente do problema de dimensão fiscal da Previdência é o gasto com pessoal. Ele citou como exemplo “o crescimento acelerado de salário do funcionalismo”. As entidades sindicais, entre elas a FASUBRA Sindical, foram barradas e não puderam acompanhar o debate, já que o ministro não discute o tema com as categorias.

Esta não é a primeira vez que Guedes ataca os servidores. No último dia 25 de março, o ministro fez uma ameaça ao funcionalismo e afirmou que a interrupção do pagamento de salários de servidores será a “primeira coisa a acontecer”, caso a reforma da Previdência não seja aprovada. A declaração foi durante reunião com a Frente Nacional dos Prefeitos. Ele também já disse que o funcionalismo terá que dar sua cota de contribuição e sacrifício ao país. Veja nota de repúdio do Fonasefe.

Audiência na Comissão de Educação

Nesta quinta-feira (4), a FASUBRA Sindical participou de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para discutir o tema “Reforma da Previdência e os impactos sobre os professores”.

Durante a audiência, a FASUBRA criticou a forma como os governos tratam os servidores públicos ao longo dos anos, como “marajá”, “vagabundos” e agora como “privilegiados”. A Federação deixou claro que a categoria é contrária a proposta de reforma da Previdência – PEC 06/19 e está disposta a dialogar com cada parlamentar sobre os malefícios aos trabalhadores (as), caso seja aprovada.

Representantes da FASUBRA destacam que não ficaram surpresos com a exposição do setor de economia do governo na CCJ, com uma visão de que os trabalhadores são apenas “números”, pois é assim que o governo vê os professores e demais trabalhadores no momento. A FASUBRA classificou a imagem que o governo tem, em especial dos servidores do Ministério da Educação (MEC), como “uberização” da educação.

Durante a audiência, a Federação também lamentou a total ausência de diálogo do MEC com os trabalhadores da pasta, sobre a reforma da Previdência, sobre as propostas para a educação do país e sobre as especificidades das categorias. A Federação, no entanto, afirmou que não irá deixar de lutar pelos direitos dos professores, dos técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior, contra o desmonte do Estado e contra o retrocesso da classe trabalhadora.

A audiência contou com a presença de 40 deputados federais. Participaram como palestrantes Alessandro Roosevelt Silva Ribeiro, assessor da Secretaria de Previdência do Ministério da Economia; Heleno Araújo Filho, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); Nilton Ferreira Brandão, presidente da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES); Ademar Sgarbossa, secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE); e Luiz Alberto dos Santos, membro do Corpo Técnico do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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