Milhares vão às ruas de Uberlândia em defesa da educação pública

Ruas de Uberlândia foram tomadas em defesa da educação. (Foto: Guilherme Gonçalves)

Por Guilherme Gonçalves

Na tarde dessa quarta-feira, 15, milhares de pessoas tomaram as ruas de Uberlândia para defender a educação pública brasileira e lutar contra a reforma da previdência. Estudantes de escolas públicas, universitários, professores, técnicos-administrativos e demais trabalhadores e trabalhadoras da educação e movimentos sociais, primeiramente ocuparam a praça Ismene Mendes – antiga Tubal Vilela.

Posteriormente, todos e todas foram às ruas do centro da cidade mostrar a população sua insatisfação com os ataques promovidos pelo governo Jair Bolsonaro. Ataques esses que impactarão negativamente a população mais carente, concentrada principalmente nas periferias das cidades.

Com dois trios elétricos, bateria, canções de resistência, faixas, cartazes e panfletos, cinco quarteirões das principais avenidas do centro de Uberlândia foram tomadas pelo mar de gente. Dentre as reivindicações estava a luta contra a reforma da previdência, que impactará negativamente a vida das pessoas, especialmente a dos trabalhadores e trabalhadoras que ganham menos, negras, negros, mulheres e famílias periféricas, uma vez que terão mais dificuldades para se aposentar, além de ter que contribuir por muito mais tempo para conseguir o direito.

Com cartazes, estudantes se mostraram contrários aos cortes nos orçamentos das universidades públicas. (Foto: Guilherme Gonçalves)

No entanto, o ponto principal do ato foi à defesa da educação pública e por isso, antes do ato, as pessoas se sentaram na praça e fizeram um momento de leitura. Diante do corte de 30% no orçamento das universidades federais, além de cortes na educação básica, que mais uma vez, afetarão diretamente a parcela mais pobre da população, a resistência seguiu por todo o caminho. Por conta do corte, universidades federais, dentre elas a UFU, precisarão cortar gastos e, consequentemente, diminuirão a qualidade no ensino. Muitas dessas instituições correm o risco de não conseguirem terminar o ano letivo por falta de dinheiro.

As universidades públicas são fontes de conhecimento e referências no desenvolvimento de pesquisas e projetos. A universidade pública retorna para a população, profissionais preparados para o mercado de trabalho e mais ainda, suas pesquisas ajudam no desenvolvimento do país em diversas áreas, tais como saúde, educação, comunicação, economia, tecnologia, política, igualdade social, dentre outros.

O ensino público é garantido pela constituição federal e não deve ser diminuído, mas sim defendido e ampliado. Defender a educação é defender o desenvolvimento do país e a igualdade social.

15 de maio de 2019