MEC sinaliza redução de 20% no orçamento da UFU para 2017

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) recebeu, nesta segunda-feira (08/08), a proposta preliminar de orçamento para 2017, encaminhada pelo Ministério da Educação (MEC), que deverá constar no Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) a ser enviado ao Congresso Nacional até o fim deste mês.
Segundo o pró-reitor de Planejamento da UFU, José Francisco Ribeiro, mais conhecido como professor Tito, os números da UFU e das demais insituições são preocupantes e apontam para um cenário de dificuldades. O MEC sinalizou um corte de 20% no valor que era esperado para o próximo ano.
Desde 2013, o orçamento das universidades tem sofrido cortes e contingenciamentos progressivos. Apenas em investimentos – que envolvem despesas com livros, obras, informática, equipamentos e material permanente -, em 2013,  a UFU executou R$ 44 milhões; em 2015, foram R$ 20 milhões (quando estavam previstos R$ 40 milhões); e, em 2017, projeta-se um valor de R$ 15 milhões na Ploa. “É um montante absolutamente insuficiente para o atendimento das despesas essenciais projetadas para 2017”, avalia Tito. “Apenas com três obras hoje em andamento, a UFU precisará de R$ 24 milhões em 2017”, exemplifica.
Em relação aos recursos de custeio, usados na manutenção cotidiana da instituição, o cenário não é diferente. Os valores estimados para 2017 são, em média, 25% inferiores aos de 2016. “O Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que supostamente foi preservado, perdeu aproximadamente R$ 1 milhão”, relata o pró-reitor.
De acordo com Tito, houve um corte no orçamento do MEC de 20%. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) está reunida, nesta terça-feira (09/08), em Brasília, e deverá se manifestar sobre essa situação.”No que toca ao conjunto das Insituições Federais de Ensino (Ifes), os pró-reitores têm notificado aos seu reitores sobre o quadro de cada instituição. O clima é de profunda preocupação. Cortar na educação, elegendo outras prioridades, é um sinal inequívoco dos tempos difíceis que a universidade e toda a sociedade terá que enfrentar em futuro próximo”, aponta ele.
Escrito por: Diélen Borges
Fonte: comunica.ufu.br

10 de agosto de 2016