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Carta aberta da FASUBRA às centrais sindicais

Os  trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação estão em greve há 26 dias. Mais de 40 instituições de ensino superior atenderam ao chamado da FASUBRA Sindical, paralisando as atividades. Em nossa pauta está a luta contra os ataques do presidente ilegítimo Michel Temer ao funcionalismo, em especial as carreiras. Temos convicção de que a nossa greve contribuiu para enterrar de vez o projeto de reestruturação das carreiras do funcionalismo, pelo menos nesse ano. Estamos orgulhosos por isso! Mas, a nossa greve sempre esteve a serviço também de um calendário de lutas em conjunto com o funcionalismo, mesmo que diversas categorias dos servidores federais não tenham aderindo à greve.

A luta contra a reforma da Previdência faz parte da pauta de reivindicações e acreditamos que nossa greve com todas as ações que desenvolvemos até aqui, ajudou muito a fortalecer a resistência contra os ataques do governo ao direito de aposentar. Mas, somos conscientes que a greve da Fasubra sozinha, não tem forças para demover o governo e o Congresso a desistir da votação da reforma da Previdência.

Ficamos muito contentes com a convocação das grandes centrais sindicais para a greve nacional no dia 05 de dezembro. Nossos sindicatos e Comandos Locais de Greve tomaram como prioridade construir a greve convocada pelas centrais. Muitas entidades inclusive, realizaram um forte investimento financeiro para mobilizar o maior número de trabalhadores possível. Acreditamos que uma grande mobilização nacional capaz de paralisar o setor produtivo, os transportes e órgãos públicos, comércio, bancos, escolas e mobilizar milhões de trabalhadores nas ruas, poderia enterrar de vez os planos de Temer e sua equipe econômica.

Porém, recebemos surpresos, com um banho de água fria a desmarcação da greve nacional. Divulgamos uma nota pública do Comando Nacional de Greve (CNG/FASUBRA) discordando da postura das centrais. Essa nota foi aprovada por unanimidade em nosso comando.

Na última terça-feira, dia 05 de dezembro, todos os Comandos Locais de Greve ajudaram a construir as mobilizações que foram mantidas. Mas, foi nítido que poderia ser muito mais forte e com muito mais paralisações, se não tivesse o recuo em relação à greve nacional.

Na nota pública assinada pelos presidentes das centrais sindicais diz, “Nós, representantes das seis centrais sindicais, diante da informação de que a proposta de Reforma da Previdência não será votada na próxima semana, decidimos suspender a greve marcada para 5 de dezembro”.

É verdade que o governo não votou a reforma da Previdência no dia 5 de dezembro, como diz a nota das centrais, mas acontece que o governo não desistiu de aprovar a reforma da Previdência. Estão numa força tarefa para convencer sua base aliada para votar ainda esse ano. Diante desse cenário é absolutamente fundamental que as grandes centrais  revejam essa posição e remarquem a data da greve nacional para mobilizarmos milhões nas ruas e parar o Brasil.

A FASUBRA e toda a nossa aguerrida Categoria se coloca desde já a disposição para construir a greve nacional com máxima prioridade e esperamos que as centrais sindicais cumpram seu papel histórico e convoquem um grande enfrentamento contra o governo nesse momento.

Fazemos um chamado a todas as entidades sindicais do país, a também exigirem que as centrais convoquem um novo dia de greve nacional. Acreditamos que somente a frente única entre as centrais e movimentos sociais nesse momento pode derrotar de vez os planos de Temer e desse congresso cheio de corruptos, de aprovar a reforma da Previdência ainda esse ano.

Saudações Sindicais!

FASUBRA Sindical

6 de dezembro de 2017